domingo, 18 de outubro de 2015

Amizades



Pensei em ti, acima de tudo acreditava que eras minha amiga, que te alegravam as minhas vitórias tanto como a mim me alegravam as tuas. Mas, na verdade a cada dia me ia apercebendo que no fundo eu estive lá mais para ti do que tu estavas para mim.
A amizade não é uma competição, mas também não é ligar-se quando se precisa, não é recordar as pessoas nas horas de aperto.
A amizade é estar lá sempre, quando é preciso ou mesmo quando não é, apesar das distâncias, apesar dos próprios problemas, é estar mesmo que não seja fisicamente, é estar mesmo quando o que mais queríamos era ficar no nosso canto.
Não te cobro amizade, pois na verdade a amizade não é algo que se possa cobrar. Ou se dá de livre vontade, de alma e coração ou...não se fala sequer dela.
Esperava mais de ti.
Esperava que essa nossa amizade fosse "nossa" e que nem o tempo nem a distância a conseguissem desvanecer.
Esperava....mas quando esperamos demasiado....

quarta-feira, 18 de junho de 2014

"Se eu fosse tu...."

De certeza que já todos nós ouvimos esta uma ou outra vez.
Ai e tal....se eu fosse tu fazia isto e aquilo.....fazia assim e assado....e já agora.....cozido e grelhado!!!
São muitas as pessoas que utilizam esta dita expressão.....que ás vezes me deixa um tanto ou quanto fora de mim.....claro que se vocês fossem eu....se calhar não se inervavam!!
Concordo que ás vezes até nem é dito por mal...
Mas...primeiro: quem é que disse á pessoa para ser eu??NINGUÉM!!!
Até porque é uma impossibilidade da natureza....eu sou eu....e ninguém pode ser eu....portanto pra que dizer "ai e tal se eu fosse tu...." ??
É melhor parar por ali....ninguém lhe pediu para ser eu....

terça-feira, 20 de maio de 2014

Reflexões

Entre reflexões disparatadas, vagueio na minha própria mente á procura das respostas para as perguntas que ainda nem sequer formulei.
Quando me perco nos meus pensamentos, percebo que quanto mais penso em determinados assuntos, mais questões se me levantam, e percebo também que estou mais do que longe das respostas.
E, entre estas mesmas reflexões, hoje, caminhava eu com os meus pensamentos, quando me ocorreu que, fazendo eu parte desta nova geração de jovens (e não tão jovens) emigrantes, chega um certo momento na vida em que já não sabemos bem onde pertencemos. Sabemos de onde viemos, e onde estamos. E, muitas vezes nos interrogamos para onde iremos.
 Mas será que continuamos verdadeiramente a pertencer a um sítio?
Sabemos que temos as raízes no sítio de onde viemos e para o qual acalentamos a esperança de regressar um dia, ou, de ir regressando quando isso nos é possível.
Mas, pergunto, somos os mesmos quando regressamos? Continuamos a sentir que é ali o nosso lugar? Que é ali que pertencemos? Ou, pelo contrário, sentimo-nos meio que deslocados, sem certezas de que continue a ser ali o nosso lugar?
Enfim...reflexões disparatas....cada um faz as suas....se houver tempo e vontade para tal....

sábado, 5 de abril de 2014

Pedacinhos

E....com um olhar nostálgico, olho para trás com saudade. Relembro o que vivi, relembro os sonhos, as esperanças que acalentava, relembro as pessoas que conheci. Relembro-me a mim própria e ao que de mim fui deixando para trás.
Sempre que seguimos em frente, há pedacinhos de nós que vão ficando para trás.
Ao vazio deixado por esses pedacinhos, que mesmo sem querer deixamos que partam, outros vêm tomar o seu lugar e preencher aquele vazio.
São pedaços de nós e da nossa existência, das nossas memórias. Pedaços que não esquecemos, mas, que, gradualmente vão dando lugar a novas recordações,  a novos bocadinhos de nós e da nossa história.
Pedacinhos que se juntam, que se combinam e que nos transformam num novo eu a cada vivência, a cada mudança.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"Se eu.....

Se eu me sentasse a escrever...teria que pensar....se eu tivesse que pensar....muita coisa teria que sair do lugar.
Cada vez que os meus pensamentos se amontoam para poderem sair, acotovelando-se uns aos outros, fecho os olhos e faço-os voltar ao lugar.
Como?
Na verdade não sei.
Mas, se são os meus pensamentos, têm a obrigação de me obedecer. Ou não?
Não posso deixar que me controlem!
Não podem saber que...aliás, não podem sequer desconfiar que estou á mercê deles.
Respiro fundo para me acalmar. Para que eles se acalmem, mas, dias há em que nada os consegue sossegar. São inquietos. Deixam-me inquieta.
Fazem-me reflectir e questionar.
Fazem surgir "coisas", "pontas", "brechas", onde as não havia...
Pensamentos inquietos, acalmem-se um bocadinho!
Não vão a lugar nenhum enquanto eu não decidir!

domingo, 27 de outubro de 2013

O vento





O vento sopra forte lá fora, fustiga-me as janelas e faz-me aproximar para observar a sua passagem.
Faz voar as folhas caídas em redemoinhos. As folhas que quase agradecem a atenção.
Têm estado ali abandonadas, á espera que alguém as veja, á espera que alguém lhes preste atenção.
Á espera que o vento as separe, para que depois as juntes em grupos, prontas a partir....prontas a voar pra longe.
Prontas a encarar a viagem que as leva a cada dia a um sítio diferente.
Deixam-se levar ao sabor do vento, pois já o conhecem, já sabem o que esperar.
Sabem que quando a viagem terminar, estarão em outro lugar, terão conhecido outros sítios, ainda que a passagem tenha sido breve.
Não sabem para onde vão, mas deixam-se ir.
Afinal de contas, ali estavam elas, prontas para a aventura, á espera que ele chegasse e as regatasse da monotonia, da invisibilidade e indiferença de todos os demais.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Decisões

No fundo as decisões que tomamos ao longo da nossa vida vão nos tornando naquilo que somos.
As direcções que tomamos, o que escolhemos para nós, acaba por ser baseado naquilo que achamos que vai mais de encontro á nossa pessoa.
Escolhemos o que achamos ser o melhor para nós em certos e determinados momentos, mas a verdade é que ás vezes as decisões se revelam autênticas desilusões. Há tanta coisa que acaba por não ser o que e como pensávamos que era.
Ás vezes torna-se tão difícil tomar certas decisões.
Há sempre a dúvida....acompanhada pela incerteza e o receio de que as coisas possam não acontecer como gostaríamos que acontecessem.