quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Abandono


Sinto uma indignação a crescer-me cá dentro, face a um tema destacado esta semana nos noticiários.
Há coisas que ultrapassam largamente a minha compreensão, e, acreditem que eu até sou bastante compreensiva (burra mesmo até, em alguns casos).
Que espécie de pessoa consegue abandonar o seu próprio filho, recém-nascido, á sua sorte? Muitas vezes deixados ao frio, á chuva, em caixotes do lixo, se não mesmo em locais piores.
É sangue do seu sangue, saiu de dentro dela. Estiveram cerca de 40 semanas em contacto permanente e indissossiavel um com o outro.
Ultrapassa-me!
E depois, claro, a crise vem explicar todas estas coisas, que no fundo traduzem é muita miséria de espirito, a meu ver. Porque ai e tal...não têm condiçoes socio-económicas para ficar com a criança....
Ora, se não as têm ao nascimento da criança, o mais provável era que não as tivessem no momento da concepção. Se calhar estou errada, mas custa-me entender. Não há explicação possivel para isto, no meu entender vá.
Há metodos de contracepção de todos os tipos, muitos deles fornecidos gratuitamente nos centros de saúde, há campanhas e campanhas de sensibilização de todos os tipos e feitios, há apoios de quase todo o tipo...não percebo sinceramente...
E também não percebo como é que se leva avante uma gravidez que não se deseja, quando o desfecho final culmina no abandono da criança, se não mesmo em coisas piores.
Tendo em conta estes casos, pergunto : É assim ´tão abominável a interrupção voluntário da gravidez?
E, no futuro, o que é destas crianças, que sabem a sua história e percebem quem a pessoa que os deveria querer acima de tudo, pura e simplesmente não quis?

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