segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O primeiro voo

Qual passarinho, atirado para fora do ninho, olhei á minha volta com pesar.
No fundo, e apesar de tudo, estava triste.
Mas, não tinha alternativa, e eu sabia.
Nunca tivera alternativa.
Sempre o soubera.
A custo, cheia de medo e com o coração aos pulos, abri as asas, apreciei com satisfação as minhas penas reluzentes.
Chegara a hora.
A hora de voar para longe.
Em silêncio, ordenei ás minhas asas que funcionassem.
Que pela primeira vez funcionassem.
Elas, bateram uma vez, e mais outra, e tal como eu ordenei, levaram-me para longe.

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